Guerra na Síria deixa ao menos 4.360 mortos em 2023

Neste domingo (31), o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) anunciou que pelo menos 4.360 pessoas morreram em 2023 na guerra na Síria, que já vem desde 2011. No ano anterior, 3.825 pessoas morreram, o balanço mais baixo desde o início do conflito, segundo a mesma fonte.

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Entre as vítimas de 2023 há 1.889 civis, sendo 241 mulheres e 307 crianças, segundo a ONG com sede no Reino Unido, que conta com uma ampla rede de fontes na Síria.

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Combatentes do Exército Nacional da Síria
Reprodução da internet / SORH – syriahr (www.syriahr.com)

Depois de anos de combates mortais e bombardeios devastadores após a brutal repressão do regime às manifestações antigovernamentais de 2011, os enfrentamentos diminuíram nos últimos anos.

Porém, ainda há combates esporádicos, além de atentados jihadistas, principalmente no leste do país.

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O conflito na Síria já tirou mais de meio milhão de vidas desde 2011 e dividiu o país, com várias potências e atores envolvidos.

O regime de Bashar al-Assad recuperou o controle de grande parte do país com o apoio de seus aliados russos e iranianos, mas as forças curdas sírias controlam amplas regiões do norte e nordeste.

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Ministro israelense defende retorno de colonos judeus a Gaza

Neste domingo (31), o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, defendeu o retorno dos colonos judeus à Faixa de Gaza depois da guerra, argumentando que a população palestina deveria ser “encorajada” a emigrar para outros países.

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“Para termos segurança, precisamos controlar o território e, para controlar militarmente o território no longo prazo, precisamos de presença civil”, disse Smotrich em entrevista à rádio militar, em resposta a uma pergunta sobre a conveniência de restabelecer os assentamentos na Faixa de Gaza.

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Bezalel Smotrich, ministro das Finanças de Israel
Reuters/Amir Cohen

Em 2005, Israel retirou seu Exército e cerca de 8.000 colonos deste território palestino ocupado desde 1967, como parte do plano de saída unilateral do então primeiro-ministro Ariel Sharon.

Smotrich, líder do partido Sionismo Religioso, que faz parte da coalizão governante, também considerou que Israel deveria “encorajar” os 2,4 milhões de palestinos de Gaza a abandonarem o território e a emigrarem para outros países.

“Se agirmos de maneira estrategicamente correta e fomentarmos a emigração, se houver entre 100 mil e 200 mil árabes em Gaza e não 2 milhões, todo o discurso após o final da guerra será completamente distinto”, disse.

“Ajudaremos a reabilitar estes refugiados em outros países de forma adequada e humana, com a cooperação da comunidade internacional e dos países árabes que nos cercam”, acrescentou.

Palestinos na Faixa de Gaza
MAHMUD HAMS / AFP – 24.11.2023

Durante uma visita privada a Paris em março, Smotrich negou a existência de um povo palestino. “Não existem palestinos porque não existe povo palestino”, afirmou.

As operações militares israelenses na Faixa de Gaza já provocaram 21.822 mortes desde o início da guerra, em 7 de outubro, segundo os últimos dados publicados neste domingo pelos terroristas do Hamas.

Estas operações foram lançadas em resposta ao ataque brutal e sem precedentes de comandos do Hamas, que causou a morte de aproximadamente 1.140 pessoas em Israel, a maioria delas civil, segundo os últimos números oficiais israelenses.

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Últimos corpos são encontrados duas semanas após terremoto mais sério na China em uma década

Destroços após o terremoto em Gansu
China Daily via Reuters – 20.12.2023

Os cadáveres das últimas duas pessoas que estavam desaparecidas após o mais sério terremoto na China em quase uma década foram encontrados neste domingo (31). A tragédia, que deixou mais de 150 pessoas mortas, renovou as preocupações com populações que estão expostas em zonas com atividades sísmicas. 

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As mortes por causa do terremoto com magnitude 6,2 que atingiu as províncias de Qinghai e Gansu na região noroeste quase duas semanas atrás subiram para 151. Os últimos corpos foram encontrados em Qinghai à 1h16 de domingo, horário local, segundo a imprensa estatal. 

O terremoto, cujo epicentro abrangeu Qinghai e Gansu, foi o mais sério na China desde um tremor com magnitude 6.5 na província de Yunnan, no sudoeste, em 2014, matando 617 pessoas. 

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A tragédia em Qinghai e Gansu, casa de muitas pessoas com etnia Hui, uma minoria caracterizada pela sua identidade muçulmana, renovou preocupações com moradias obsoletas e mal construídas. 

Muitas das casas destruídas eram feitas com madeira e barro ou madeira e estruturas de tijolos.

As paredes estruturais foram construídas em terra, proporcionando pouca defesa contra terremotos, disseram autoridades locais.

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Recorde de calor e guerras: mundo começa a se despedir do tumultuado ano de 2023

Neste domingo (31), multidões animadas começaram a se despedir de 2023, um ano marcado por recordes de calor, pelo auge da inteligência artificial e pelas dolorosas guerras em Gaza e na Ucrânia.

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A população mundial, que já supera 8 bilhões de habitantes, espera em 2024 se livrar do peso do alto custo de vida e do tumulto global.

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Em Sydney, a autoproclamada “capital mundial do Ano-Novo”, mais de 1 milhão de pessoas lotaram as margens do porto para admirar um espetáculo de 8 toneladas de fogos de artifício.

Antes de anoitecer, milhares de pessoas se reuniram em torno da icônica Harbour Bridge, em um clima inusitadamente úmido.

Entre os fatos notáveis do ano estão o primeiro transplante ocular completo e uma “Barbie mania” impulsionada pelo bem-sucedido filme dedicado à famosa boneca da Mattel.

Além disso, a Índia superou a China como o país mais populoso do mundo e se tornou o primeiro a pousar um foguete no lado escuro da Lua.

China foi superada pela Índia no quesito país mais populoso do planeta
Reuters/Tingshu Wang

Também foi o ano mais quente desde o início dos registros, em 1880, com uma série de desastres provocados pelo clima que afetaram da Austrália ao Chifre da África e à bacia do Amazonas.

O mundo se despediu da rainha do rock’n’ roll, Tina Turner, do ator de Friends Matthew Perry, do cantor e compositor anglo-irlandês Shane MacGowan e do mestre do romance distópico Cormac McCarthy.

Porém 2023 será lembrado, sobretudo, pela guerra no Oriente Médio, iniciada com os ataques do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro no sul de Israel e as represálias israelenses.

Que a guerra termine

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que quase 2 milhões de habitantes de Gaza tenham sido deslocados desde o início do conflito, aproximadamente 85% da população em tempos de paz.

Os outrora movimentados bairros da cidade de Gaza foram reduzidos a escombros, e há poucos locais para celebrar o Ano-Novo e menos entes queridos para festejar.

“Foi um ano obscuro cheio de tragédias”, disse Abed Akkawi, que fugiu da cidade com a esposa e três filhos para um abrigo da ONU em Rafah, no sul.

O homem, de 37 anos, conta que a guerra destruiu sua casa e matou seu irmão. Ainda assim, mantém esperanças para 2024.

Quase 2 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados em 2023, segundo a ONU
SAID KHATIB/AFP – 26.12.2023

“Deus queira que esta guerra termine, que o novo ano seja melhor e que possamos voltar para nossa casa e reconstruí-la, ou mesmo viver em uma barraca sobre os escombros”, afirmou.

A Ucrânia, onde a invasão russa se aproxima do segundo aniversário, vive entre a esperança e o desafio após o novo ataque de Moscou.

“Vitória! Nós a estamos esperando e acreditamos que a Ucrânia vencerá”, disse Tetiana Shostka enquanto sirenes antiaéreas soavam em Kiev.

Na Rússia, também há cansaço em relação ao conflito.

Invasão russa da Ucrânia completará dois anos em 2024
Roman Baluk/Reuters – 29.12.2023

“No novo ano gostaria que a guerra terminasse, que houvesse um novo presidente e a vida voltasse ao normal”, disse Zoya Karpova, cenógrafa de 55 anos e residente em Moscou.

Putin é o dirigente há mais tempo no poder na Rússia desde Josef Stalin, e seu nome voltará às urnas quando os russos votarem, em março.

As urnas

O ano de 2024 se anuncia como o ano das eleições, já que o destino político de mais de 4 bilhões de pessoas será decidido em votações na Rússia, Reino Unido, União Europeia, Índia, Indonésia, México, África do Sul, Venezuela e muitos outros países.

Uma eleição, porém, promete consequências globais. Nos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, de 81 anos, e o republicano Donald Trump, de 77, parecem dispostos a repetir em novembro a corrida presidencial de 2020.

Joe Biden, presidente dos EUA
Michael Ciaglo / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP – 29.11.2023

Como presidente em exercício, Biden já deu mostras de sua idade avançada e mesmo seus partidários se preocupam com as consequências de outros quatro anos no poder.

Mas, se por um lado há essa preocupação, por outro há temores pelo retorno de Trump.

O ex-presidente enfrenta várias acusações, e os eleitores poderão decidir se ele irá para o Salão Oval ou para a prisão.

Rússia realiza o “ataque aéreo mais pesado” contra a Ucrânia desde o início da guerra

Rússia acusa na ONU a Ucrânia de atacar civis e usar munição de fragmentação

Ataque em Belgorod teria deixado 18 mortos
Ministério de Situações de Emergências/AFP

A Rússia acusou a Ucrânia de atacar áreas civis da cidade de Belgorod, na fronteira, e de usar munição de fragmentação, durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, realizada neste sábado (30) a pedido de Moscou.

A Rússia assegurou que a Ucrânia atacou Belgorod no mesmo dia com mísseis e foguetes, deixando ao menos 21 mortos e ferindo outras dezenas. E garantiu que este ataque não ficará “impune”.

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“Foi um ataque deliberado e indiscriminado contra um alvo civil”, disse o embaixador russo na ONU, Vasili Nebenzya, ao explicar que Kiev atacou um centro esportivo, uma pista de patinação e uma universidade.

“Os membros do Conselho de Segurança da ONU têm a oportunidade de cumprir seu dever e avaliar os danos causados a uma cidade russa, Belgorod”, completou, enquanto mostrava um QR code, que direcionava ao que, segundo ele, era um vídeo das sequências do ataque.

Os aliados da Ucrânia reagiram rapidamente ao assegurar que a Rússia tinha desencadeado a guerra.

O representante francês afirmou que Kiev simplesmente estava se defendendo conforme as leis da ONU, enquanto Moscou estava “pisoteando” a Carta das Nações Unidas.

A Ucrânia, que há quase dois anos resiste à invasão russa e na sexta-feira (29) foi alvo de um enorme ataque russo com mísseis e drones, não comentou oficialmente o ataque a Belgorod.

Esta cidade russa fica a cerca de 30 km da fronteira com a Ucrânia e foi atingida em várias ocasiões pelo que Moscou considera bombardeios indiscriminados das forças de Kiev.

“À medida que a guerra continuar, veremos mais civis ucranianos e russos mortos”, considerou o vice-secretário-geral da ONU, Mohamed Khiari, ao advertir que havia “perigos muito reais de escalada e transbordamento desta guerra.”

Imagens não verificadas mostraram uma rua cheia de escombros e fumaça saindo de carros queimados no centro da cidade, enquanto uma grande explosão pôde ser ouvida em gravações de câmeras instaladas em veículos, publicadas nas redes sociais.

A AFP não pôde comprovar de imediato as circunstâncias do ataque, um dos mais letais em território russo desde que Moscou iniciou as hostilidades contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Dois mísseis Vilkha e foguetes de fabricação tcheca foram usados no ataque, segundo a Rússia.