União Europeia abre investigação contra o TikTok por falha na proteção de menores

A Comissão da União Europeia abriu nesta segunda-feira (19) uma nova investigação contra o TikTok , por uma possível falha na norma que impede a superexposição de seus usuários à plataforma. Caso a investigação prossiga, o aplicativo pode pagar uma multa de até 6% de sua receita.

Gritos, gemidos, silêncio: como sons do Holocausto tornam o filme ‘Zona de Interesse’ urgente e necessário

Família do comandante nazista Rudolf Höss se diverte em casa com campo de Auschwitz ao fundo, no filme ‘Zona de Impacto’
Divulgação

Quando 1917 concorreu ao Oscar de melhor filme em 2020, além de ser indicado a outras nove categorias, ficou claro que os épicos da Grande Guerra haviam deixado o óbvio para trás. Ainda há muitas camadas a serem exploradas sobre o assunto, e este texto é sobre isso. Mas é evidente que o conceito da banalização do mal permeia todas elas.

Enquanto o filme de Sam Mendes mergulhou no absurdo do conflito ao assumir o ponto de vista de dois jovens britânicos na primeira etapa do conflito, com estética revolucionária de filmagem continuada entre as trincheiras, Zona de Interesse entra na corrida pela principal estatueta em 2024 com o retrato da absoluta indiferença dos alemães ao genocídio judeu.

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Adaptado do romance homônimo do britânico Martin Amis em 2014, o filme, já congratulado em Cannes, leva ao extremo a vulgarização da barbárie, captada pela filósofa alemã Hannah Arendt (1906-1975) durante o julgamento do carrasco Adolf Eichmann (1906-1962).

A expressão “banalização do mal” designa como pessoas normais foram capazes de se eximir do senso moral e ético das atrocidades que cometiam ao executá-las sistematicamente como funções que lhes foram atribuídas cotidianamente pelo Estado nazista.

No caso de Zona de Interesse, essa apatia é escancarada no retrato da família de Rudolf Höss (1901-1947), comandante do campo de concentração de Auschwitz.

Em plena Segunda Guerra Mundial, ele e a mulher criam os filhos em uma casa bucólica — com belo jardim, piscina, empregados, bebidas caras, refeições cuidadosamente preparadas e até um simpático cachorrinho.

Sandra Hüller como Hedwig Höss em ‘Zona de Interesse’
Divulgação

Normal? Talvez. Não fosse o fato de apenas um muro separar o lar perfeito do local que assassinava sistematicamente 6.000 judeus por dia durante o Holocausto — foram mais de 1 milhão só em Auschwitz ao longo da Segunda Guerra.

Gritos agonizantes, berros de desespero, tiros, gemidos e uma constante fumaça proveniente das câmeras de gás se confundem com as brincadeiras das crianças, soldadinhos de chumbo, banhos no lago, camas confortáveis, histórias para dormir.

Mas o que mais impressiona não é nem Höss. É a mulher. Ela não é de forma alguma alheia ao que ocorre ali. Ameaça inclusive uma empregada, mantida em regime de escravidão, dando a entender que o marido poderia fazê-la “virar fumaça”. Hedwig é plenamente indiferente. Ama morar ali e se orgulha da casa que mandou construir.

Mas talvez seja uma frase dele que marque bem o que o filme representa. Olhando para um baile, entre oficiais nazistas, ele comenta: “Seria um pouco mais difícil matar todos aqui pela altura do pé direito do salão”.

 

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Amigos se juntam, usam retalhos de madeira e constroem réplica da Torre Eiffel de 16 metros de altura

Dois amigos no oeste da França construíram uma réplica da Torre Eiffel com madeira reciclada, que esperam exibir ao longo do percurso da tocha olímpica e nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 . Frederic Malmezac, um carpinteiro de 38 anos, juntou-se a Sylvain Bouchard, de 46, para construir o modelo, usando madeira que teria sido jogada fora. “O projeto era construir uma réplica de madeira da Torre Eiffel usando o máximo de material reciclado possível […] para mostrar que, com o material que seria jogado fora, podemos construir grandes coisas”, disse Malmezac à Reuters na última segunda-feira (19). Malmezac, que é cadeirante, disse que o projeto também foi um esforço para mostrar as grandes coisas que as pessoas com deficiência podem alcançar. Eles esperam obter em breve autorização para exibir a maquete da Torre Eiffel perto das cidades por onde a tocha olímpica deverá passar durante o revezamento. Bouchard, que estava desempregado antes do projeto, disse que isso lhe permitiu aprender habilidades “concretas” em carpintaria. Ele disse que a Torre Eiffel é um “símbolo incomensurável” da França. As imagens são da Reuters